De uma flor a outra, colibri em zig-zag, não se acompanha com olhos lentos. Há uma sofreguidão nos gestos, ainda assim serenos, daquele quase uma vespinha. Ludibria o olhar os olhos mornos, mas nunca vibra sem cativar com ternuras compungentes qualquer coração. Se uma alma fosse, seria uma poetisa amiga vasculhando as belezas, doçuras, e acidez mordaz de flores furtivas. Seria o beija-flor, mas que uma canção entediante num caudal lento e morno. Seria a inquietude pacífica do guerreiro que venceu a guerra certa, e decidiu que nunca mais deixará de estar alerta; sem jamais um sobressalto. Ademais, o colibri seria um anjo cansado de mistérios guardar. Uma anja louca, uma fadinha contorcendo a boca na vitória régia.