Mas em 1932, o então presidente da República, Getúlio Vargas, assinou um decreto que autorizava as emissoras e terem 10% de sua programação dedicada à publicidade. Essa mudança expandiu o sistema de radiodifusão no país, iniciando a era do rádio comercial. O rádio foi o primeiro veículo de comunicação de massa do país, mantido até hoje através de publicidade e propagandas. Obteve seu glamour ao transmitir, novelas, programas humorísticos, de auditórios, notícias e transmissão esportivas. E para celebrar o Dia Mundial do Rádio, fomos conhecer um acervo particular existente em Colombo(veja vídeo).
O acervo do Sr. Edison Sá, é repleto de lembranças da história do rádio, existem fitas, discos de vinil e rígidos ( Long Play) 78 rotações que imortalizam as vozes de cantores que fizeram sucesso entre os anos 30 e 60, com excelente qualidade sonora. Através de gravadores de rolo, transistorizado e valvulados, é possível fazer uma viagem no túnel do tempo e ouvir programas gravados do locutor Hélio Ribeiro, o “Rei do Rádio” que marcaram a história do rádio brasileiro.
Para mostrar todo o acervo existente seria necessário várias horas, pois existe uma discoteca e vários aparelhos de rádios valvulados e transistorizados, alem de equipamentos produzidos pelo ex-radialista. Os rádios são relíquias que ainda funcionam e contam com peças de reposição que abarrotam algumas gavetas. Nas prateleiras, guardados em álbuns originais, a coleção de discos em ótima conservação são reproduzidos através de antigos toca-discos com amplificador valvulado.
Edson conta com orgulho que trabalhou com Assis Chateaubriand, dono de um império jornalístico no Brasil, e atuou em rádios e emissoras de TV em Curitiba, ele cita a Rádio Independência, TV Coroados de Londrina e TV Paranaense. Em Colombo já promoveu exposições gratuitas em Colégios com objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação de acervos históricos e patrimoniais. Uma exposição que até hoje relembra com saudosa memória foi realizada em 1991 na Escola Municipal da Vila Zumbi dos Palmares. O proprietário desse museu particular, “sintonizando no dial na faixa” dos 70 anos de idade, continua sendo um jovem apaixonado pelo rádio, mas não descarta a possibilidade de vender o acervo ao poder público ou para colecionadores que queiram preservar a história do rádio. Nosso entrevistado e agora amigo Edison, vive em “sintonia” com o passado e o presente…