Ele destaca que o Paraná ainda não atingiu o pico da doença e o Estado mantém em vigor o decreto 4.230/20, que baliza as referências para enfrentamento da Covid-19. “Temos contágio, transmissão comunitária e precisamos da colaboração da sociedade para manter um equilíbrio”, afirmou.
Beto Preto reforçou que o governo estadual quer atuar em parceria com as prefeituras, instituições setoriais, empresas e a própria sociedade para enfrentar o avanço do novo coronavírus. “Temos que continuar nos adaptando, tomando decisões em conjunto”, declarou.
O secretário destaca que a quarentena restritiva, determinada pelo decreto 4942/20 em sete regionais de Saúde (Cascavel, Curitiba e Região Metropolitana, Toledo, Foz do Iguaçu, Cianorte, Londrina e Cornélio Procópio), ajudou a desacelerar a pandemia no Paraná, mas que os dados técnicos diários da vigilância precisam continuar orientando as ações em todos os municípios.
“Saímos de uma quarentena restritiva importante para desacelerar o crescimento da pandemia, que vinha em ritmo preocupante em junho. Agora as prefeituras vão adotar suas próprias restrições com base nas suas realidades, mas dentro dos critérios gerais estabelecidos pelo Estado em portarias, resoluções e decretos”, afirmou Beto Preto.
ISOLAMENTO – O secretário salientou que a adesão às determinações do decreto 4.942 ficou abaixo do esperado e que a taxa de isolamento social não alcançou o nível desejado. Entre os dias 1º e 13 de julho, a média foi de apenas 41,3%, um avanço tímido se comparado às duas últimas semanas de junho.
A meta ainda é alcançar uma média de pelo menos 50% de isolamento no Paraná. “Essa quarentena ajudou a desacelerar o contágio. Vamos chegar no dia 20 de julho com os números previstos para o dia 12. Controlamos a subida da curva, mas temos insistido nessa questão porque ainda não chegamos em um patamar ideal”, acrescentou o secretário.
EQUILÍBRIO – Beto Preto também disse que a quarentena restritiva foi importante para equilibrar os estoques dos medicamentos analgésicos, com a interrupção das cirurgias eletivas, e para aumentar a margem de tempo para o Paraná ampliar a oferta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nas quatro macrorregiões de Saúde.
Apenas em julho, destacou ele, o Governo do Estado abriu 106 novas UTIs para adultos. No total, já são 913 leitos disponíveis na rede pública em todo o Paraná, aumento de 70% em relação aos espaços de tratamento avançado disponíveis antes da pandemia.
“Buscamos sempre o equilíbrio. Sem a primeira quarentena não chegaríamos preparados em quantidade de leitos e equipes nesse período mais difícil de inverno. Montamos uma estrutura robusta, são três hospitais regionais novos, unidades de retaguarda e equipamentos de primeira linha”, acrescentou Beto Preto.
LEITOS – Beto Preto também lembrou que o Estado ainda pode ampliar a estrutura hospitalar e chegar a 1,1 mil leitos de UTI nos próximos dias, o que faria o Estado praticamente dobrar a oferta de unidades avançadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele citou a abertura de mais dez leitos de UTI no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, e 14 no Centro Hospitalar de Reabilitação, em Curitiba.
“Vamos ampliar para 30 leitos de UTI em Ponta Grossa, com possibilidade de chegar a 45. Fizemos implementações importantes em Londrina, serão mais 32 leitos de UTI nos próximos dias, entregamos unidades em Guarapuava e Umuarama. É uma estratégia regional, ampliamos o nosso atendimento com qualidade”, disse Beto Preto.
Em paralelo, foram abertos 1.403 leitos de enfermaria em todas as regiões do Estado, 37 UTIs pediátricas e 70 enfermarias para crianças. Além disso, o governo entregou três hospitais regionais (Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava), cujas conclusões estavam previstas para o final do ano. Também houve reforço de alas novas nos hospitais universitários de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá.
LEGISLAÇÃO – O Decreto 4.320/20, publicado em 16 de março, estabelece medidas gerais para enfrentamento da emergência de saúde pública em decorrência da infecção, com os objetivos de limitar a transmissão, cuidar dos pacientes, comunicar riscos à sociedade e organizar a resposta assistencial de forma a garantir o adequado atendimento da população na rede de saúde.
Esse decreto foi a base da suspensão das aulas presenciais em escolas estaduais públicas e privadas, inclusive nas entidades conveniadas com o Estado do Paraná, e em universidades públicas, por exemplo. Ele também ajudou a balizar as normativas técnicas da Saúde para atividades específicas, que também devem ser levadas em consideração pelos municípios e pelas empresas. Fonte : Agência de Noticias Paraná