Tratamento Precoce contra covid-19 é tema de Tribuna Livre da sessão plenária

Ivan de Colombo

Diversos assuntos foram tratados durante a sessão ordinária remota desta terça-feira (6). A Tribuna Livre teve como foco o tratamento precoce da covid-19

Por meio de videoconferência, Dr. Jorge Muniz e Carlise Kwiatkowski participaram da Tribuna Livre da sessão ordinária e pediram para que os vereadores defendam e apoiem o tratamento precoce. (Foto: Silmara Portes/CMC).

O médico voluntário do Centro de Tratamento Imediato para covid-19 de Curitiba, Dr. George Alexandre Silva Muniz e a presidente do Provopar Estadual, Carlise Kwiatkowski, defenderam a utilização do tratamento precoce para o coronavírus como forma de combater a doença durante participação na Tribuna Livre, da sessão ordinária remota realizada nesta terça-feira (6), pelo Legislativo colombense. O convite foi feito pelo vereador Renato da Farmácia (DEM).

A presidente do Provopar, Carlise Kwiatkowski, explicou sobre o projeto “Sociedade Contra a covid-19” do Centro de Tratamento Imediato da Covid, em Curitiba. “É uma ação do Provopar Estadual, uma ONG privada sem fins lucrativos, juntamente com médicos voluntários, empresários e pessoas da sociedade civil através de empresários, enfermeiros, farmacêuticos, médicos que se uniram para levar um pouco de esperança ás pessoas que apresentam sintomas da doença, além de oferecer condições para o atendimento imediato e gratuito da população nesse momento de pandemia e diante do caos que está vivendo a saúde pública”, disse.

Segundo Carlise, os pacientes estão fornecendo um retorno positivo do tratamento. “A partir do momento que são diagnosticados com os primeiros sintomas do coronavírus, os pacientes já se submetem imediatamente ao tratamento. Estamos muito felizes, pois os retornos estão sendo muito significativos. Já estamos começando a ter alta de muitos dos pacientes. Nos próximos dias, já estaremos mostrando o quanto o tratamento imediato é eficaz. E preservando mais uma vez a autonomia médica. O Provopar está sempre junto dos pacientes e atendendo a população em vulnerabilidade social que não tem condições de comprar os remédios para continuar com o tratamento em casa”, enfatizou.

Dr. Muniz defendeu o tratamento e o manuseio medicamentoso precoce para pacientes com coronavírus. Destacou que as pessoas precisam receber as informações adequadas sobre o que é feito e que há evidências científicas sobre o uso benéfico desses medicamentos. “Vejam a importância de fazermos o tratamento desses pacientes. Se não tratarmos 80% dos pacientes com sintomas iniciais, o quadro acaba evoluindo naturalmente. Às vezes, os pacientes acabam saindo bem sem a necessidade de algo mais drástico. Esses pacientes que não são tratados, já existem estudos científicos que mostram que após seis meses, esses pacientes têm uma evolução muito ruim em diversas etapas. 40% desses pacientes não tratados e que já foram internados anteriormente voltam a se internar novamente. 25% desses pacientes falecem e 20% desenvolvem uma incapacidade laboral. Temos que pensar não somente agora, como no depois. Os estudos mostram que, quando nós que tratamos esses pacientes previamente, há uma recuperação em qualidade de vida superior aos que não são tratados”, declarou.

O convidado sustentou que já tratou 600 pacientes seguindo esse protocolo e criticou os que negam a eficácia desses medicamentos. “Tratar imediatamente os primeiros sintomas com medicamentos reposicionados, conhecidos e seguros farmacologicamente e historicamente pela Medicina deveria ser regra e não exceção. Como médicos, temos que pensar sempre da melhora maneira possível tratar o nosso paciente. O trabalho que eu venho desenvolvendo com o Provocar é uma maneira de oferecer à sociedade civil a chance de um tratamento. Não prometo a cura em nenhum momento, mas aliviar a sintomatologia ao máximo que puder. E posso afirmar que isso funciona. Atendi cerca de 600 pacientes nas mais diferentes fases da doença. Para cada fase temos o tratamento correto. Cada caso é um caso. Não tivemos nenhum caso de óbitos entre esses 600 pacientes e apenas quatro foram internados, pois não tivemos tempo de fazer o tratamento inicial”, disse Dr. George.

O médico voluntário relatou que pacientes com sintomas leves, que procuram atendimento precocemente, estão sendo orientados a retornarem para casa com medidas sintomáticas e avisados para voltarem ao atendimento médico-hospitalar se houver piora nos sintomas. Ele esclareceu que existem relatos mundiais apontando que, se já houver uma intervenção cedo na doença, os resultados nos pacientes são melhores. De acordo com ele, no estágio inicial da doença, se houvesse uma maior intervenção, poderia ser evitada uma evolução para um quadro mais grave.

O médico salientou que o grupo de profissionais não tem o objetivo de impor um tratamento. “Todos os médicos têm a liberdade de fazê-lo ou não, junto ao seu paciente, que também pode aceitar ou não”. Também explicou que não é só uma questão de receitar os medicamentos e mandar o paciente para casa, mas é necessário fazer o acompanhamento do quadro evolutivo dos pacientes de forma permanente para introduzir as adequações necessárias a cada caso e em cada fase do tratamento. Afirmou ainda que se houver a necessidade de um internamento, o paciente será orientado. “Com esse tratamento, a porcentagem de pacientes que precisam ser internados é bem menor. Fico feliz com esse trabalho. Ao final desse trabalho, sei que irei apresentar dados e resultados para a sociedade que serão incontestáveis”, concluiu.

Após as explanações realizadas pelos convidados, os vereadores tiveram a oportunidade de expor as suas opiniões e comentários a respeito do tema, firmaram suas posições, fizeram questionamentos, solicitaram esclarecimentos e sanaram suas dúvidas. Agradeceram as contribuições apresentadas pelo médico e pela presidente do Provopar para o debate.

Assunto Delicado – A verdade é que o tratamento precoce à covid-19 é um assunto que tem causado polêmica e vem ganhado cada vez mais espaço no debate sobre o combate ao novo coronavírus. As opiniões se dividem entre os que defendem essa medida por ser uma forma de diminuir os óbitos pela doença no país, enquanto outros opinam que não há comprovações científicas da eficácia dos medicamentos. Fonte: Câmara Municipal de Colombo

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