Não há motivos para essa lei, nunca houve em Colombo qualquer discriminação religiosa e o próprio vereador destaca o artigo 5º da Constituição Brasileira que sita: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e suas liturgias”. Como se não bastasse isso, o vereador ainda ressalta que de acordo com a Lei nº 7716/1989, atos resultantes de discriminação ou preconceito contra religião são considerados crimes passíveis de pena de reclusão.
No entanto, a Constituição Brasileira já delibera sobre essa matéria, mas o vereador insiste em defender o seu projeto. Até parece que Colombo é outro país inserido dentro do território brasileiro. Tenho alguns amigos pastores em Colombo, e com todo respeito ao Vereador Pastor Carlinhos, acredito que se a liberdade religiosa estivesse ameaçada, ex-vereadores inteligentes e religiosos como Pastor Joel Cordeiro, Pastor Jerçon, Hélio Feitosa e Pastor Antônio Batista já haviam apresentado um projeto que garantisse o culto religioso caso não estivesse garantido na Constituição Brasileira. Vale lembrar que somos um Estado laico. O projeto do vereador que previa uma multa de 23 mil reais para quem desrespeitasse a lei recebeu uma emenda do vereador professor Roger Rodrigues Germiniano(Republicanos), para diminuir o valor da multa.
Será que o feitiço irá virar contra o feiticeiro?
Se essa lei for aprovada pelos 17 vereadores, apesar de não constar no projeto do vereador, os pastores em cultos não poderão falar mal de santos católicos(discriminação), não poderão chutar macumba e muito menos desfazer feitiços( intolerância religiosa). Em relação aos atos públicos organizadas pelo Legislativo ou Executivo, todos os segmentos religiosos devem ser convidados para evitar a discriminação religiosa.
O vereador pastor Carlinhos ainda é autor de uma outra proposta polemica que solicita a vacinação de pastores e padres, caracterizando uma grave descriminação religiosa pois não inclui em seu projeto as religiões afro-brasileiras.