“O consumidor muitas vezes é induzido à compra, desconhece custos reais de um parcelamento e ignora quais são seus direitos e deveres. A legislação pode funcionar como uma trava deste consumo inconsequente, e também como desestímulo para quem explora a ignorância das pessoas”, avalia Romanelli.
Segundo o deputado, ao criar a nova legislação, o Brasil evolui na questão dos superendividados ao mesmo tempo em que abre uma frente para ampliar as formas de educação financeira. “Essa é uma medida essencial para um País com tantas desigualdades e necessidades”, avalia Romanelli.
A nova lei trata da concessão de crédito responsável, da educação financeira para o consumo e de soluções para situações de superendividamento. A norma estabelece critérios de renegociação, resguardando que o endividado mantenha uma renda mínima.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Ao destacar a lei, Romanelli sustenta que ainda é necessário que o Brasil encontre caminhos para reduzir as diferenças sociais e ofereça um nível educacional adequado à população. Para ele, com a falta de expectativas de melhoria das condições de vida, os brasileiros tendem a tomar decisões de consumo sem considerar seus impactos.
“De modo geral, o brasileiro vive do jeitinho. Esta é uma prática comum, que a gente vê nos dois lados do balcão, e se esgotou. Chegamos ao ponto de ter que normatizar a questão do superendividamento porque ainda faltam políticas públicas que permitam maior igualdade entre os brasileiros”, considerou.