A Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) fincou cerca de 1,8 mil cruzes na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra as dificuldades pelas quais passam suas associadas. Segundo a entidade, o ato representa um pedido de socorro a deputados e senadores, em especial com relação à situação financeira “crítica”, que pode ser agravada caso não se encontre uma solução legislativa.
De acordo com a CMB, o ato simbólico representa os 1.824 hospitais filantrópicos brasileiros, para “expressar o mais profundo sentimento de todos aqueles que fazem a gestão destas instituições e travam a luta diária para manterem as portas abertas da assistência à saúde aos brasileiros”, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o presidente da entidade, Mirocles Véras, o setor vem sendo ignorado e a situação pode provocar a desassistência em várias regiões do país. “Os filantrópicos representam a maior rede hospitalar do SUS, mesmo acumulando décadas de subfinanciamento, assumindo dívidas para bancar uma conta que não é sua, mas do sistema, tudo para não deixar de assistir aos brasileiros”.
A CMB pede que seja viabilizada a alocação de recursos “na ordem de R$ 17,2 bilhões, anualmente, em caráter urgentíssimo, como única alternativa de assunção das obrigações trabalhistas decorrentes do Projeto de Lei nº 2564/2020 que institui o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras, já aprovado, assim como para a imprescindível adequação ao equilíbrio econômico e financeiro no relacionamento com o SUS”.
Edição: Valéria Aguiar