Há uma  certa perplexidade no Brasil em votar em gente simples, mesmo sendo honesta, mas mudanças ocorrem quando a coisa está  insuportável. A elite nunca se preocupou com o povo porque o Brasil foi criado sem povo.  No inicio a nossa primeira elite dizia que , índio devia ser caçado e trabalhar de graça. O índio não gostou da proposta e fugiu para o mato num processo que ainda hoje perdura nos confins da Amazônia. A elite foi obrigada a  buscar negros na África, após a abolição trouxeram os imigrantes e hoje existe uma mão de obra com carteira assinada, com direitos e deveres, mas com salários defasados e o conceito de povo não está  no projeto.

 O povo entrou de intruso na política  e até hoje cria problemas para as elites.

Quando a elite vê um movimento do povo, e com idéias de cidadania e distribuição de renda, entoa: ‘Vamos acabar com esta chacrinha!’.  Essa tal democracia que dá ao povo o direito de votar e escolher quem vai mandar no estabelecimento até hoje não foi muito bem digerido pela elite, tanto que no último plebiscito sobre forma de governo em 1993 a monarquia teve espantosos 6 milhões e 840 mil votos. Sem um duque para fazer campanha. O lema era: Vote no rei. E não tinha nenhum. Imagine se tivesse.
O conceito de povo não está no projeto das elites.

Não que isso não provoque tensão e preocupação, existe um  temor latente  da  multidão se unirem e  se enfezarem contra a classe política eletizada.

Mas sejamos justos. Não que a elite não gosta de democracia, ela não gosta de povo votar em alguém que não é da elite, isso causa mal estar, eles se borram quando lembram na possibilidade do  Lula poder voltar em 2014, e se eleger  presidente . Quando o povo vota em alguém da elite, tudo bem. Mas de vez em quando o mal adestrado povo navega contra a maré, e para mostrar sua revolta votam em uma figura como um palhaço, imagina elegeram Tiririca deputado Federal, e um vereador de Colombo vestido com roupas de “Caboclo” ( Oliveira da Ambulãncia) para deputado federal  teve expressivos 28.000 votos. Isso é não ter opção.

 Mas o povo também acerta, a cidade de Colombo viu pela primeira vez um ” Pé Vermelho ” ,  ser eleito com 3.300 votos, e o pior de tudo que ele deixou de fora candidatos da elite, até hoje está engasgado na garganta de muitos. Imagino que poucos conhecem  a força do povo, e povo vota em quem ajuda o povo, mas infelizmente um ” pé vermelho “sozinho não pode governar ,  precisa de mais representantes do povo no poder ou não criará  raízes. Então protesto contra o vereador  Nivaldo JNP.

Assim como tentaram   cassar o palhaço Tiririca e não conseguiram, tentam agora atacar o Nivaldo JNP, só pode  ser  pano de fundo das eleições de 2012, nada explica ou justifica as agressões sofrida pela familia do vereador . Foram covardes em atacar e apedrejar a casa de pessoas idôneas e idosas, alguém viu os direitos humanos ?. Quem são os responsáveis ? . Existe outras formas de protesto, um protesto democrático, de paz , sem segundas intenções, sabemos que Colombo vive hoje o seu pior momento e que o povo está revoltado todos nós sabemos , mas  onde estão os outros vereadores ?. Estão do lado do povo  de  Colombo ou de olho em 2012 ?. Faço mais uma pergunta aos nobres  vereadores, e agora ?. Não  farão nada?. Não irão descer do palanque ?. Vão deixar estourar a revolta sobre os ombros de quem anda no meio do povo?. Vamos citar alguns problemas que revolta o povo caso os senhores não sabem: Falta de creches, terminais abandonados, falta de prevenção contra  enchentes, avenida Astorga inacabada , falta de uniformes escolares, ruas esburacadas , poeira , valetas e bueiros entupido, e etc.etc.

 Há uma espécie de consenso religioso desde a vinda do homem branco ao Brasil de que alguns têm privilégios e outros deveres. Esta a origem de mazelas como nepotismo, corrupção e pedofilia na igreja, porque é notório que parte da igreja se alinha com anseios populares, mas a banda larga não larga a banda poderosa mesmo sabendo que são a favor de  sistema que ainda produz desigualdades sociais que desembocam numa injusta distribuição de renda, a elite teve séculos para encurtar a distância entre os extremos sociais e não o fez por crueldade e convicção.

 O povo, para a elite, ainda é preguiçoso, não gosta de trabalho, Jeca Tatu do asfalto, que leva fama de ingênuo e besta, quando, claro, não se enfeza e assalta todo mundo até ser preso ou morto. Por essas e outras dá tédio chegar às bancas e ver as capas das principais revistas semanais com escândalos eleitorais em série de um lado – e de outro, nada. Este não é o debate sério, pois se lermos  os jornais de Colombo, veremos que vivemos na melhor cidade do Mundo. Mas melhor para quem ?.

Os problemas somem na hora de imprimir o jornal. 

Ao amigo Nivaldo JNP o meu apoio e respeito.