Os senadores do Paraná estão preocupados com a situação da Arena da Baixada, em Curitiba, e culpam a falta de planejamento e o despreparo pelo atraso dessa e de outras obras da Copa do Mundo de 2014. Segundo a Fifa, o estádio em Curitiba é o que tem o cronograma mais atrasado, com 88% das obras concluídas. Estão programados quatro jogos para a Arena da Baixada, todos na primeira fase da Copa. O primeiro, Irã x Nigéria, está marcado para 16 de junho.
O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, não escondeu a preocupação depois que visitou o estádio nesta terça (21). O dirigente disse que a obra está muito atrasada e estabeleceu 18 de fevereiro como data-limite para que a construção entre num ritmo acelerado. Do contrário, Curitiba poderá ser excluída da lista de sedes da Copa do Mundo de 2014.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) tem críticas à preparação do Brasil para receber o Mundial, mas acredita que a Arena da Baixada vá ficar pronta a tempo. “O governo vai fazer um esforço para terminar isso, mas não é o Jérôme Valcke que vai dar ordens ao Brasil. Nem para o governador do Paraná nem para a Presidência da República. Eu tenho esperança que tudo se acerte. Entramos nesse jogo, vamos terminar e fazer de uma vez essa Copa. Porque retardar ou não fazer é pior do que termos entrado numa fria” – afirmou.
Quem também está confiante de que Curitiba não ficará fora da Copa é o senador Sérgio Souza (PMDB-PR), embora considere lamentável a situação do estádio do Atlético. “Temos aí mais 30 dias. O estádio já está na fase de acabamento, a colocação de cadeiras. Eu não tenho dúvidas de que Curitiba será cidade-sede e que lá teremos os jogos. No entanto, é lamentável nós vermos uma obra privada atrasada. É uma falta de planejamento que não acontece só no setor público; acontece no setor privado”, observou.
Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) acha que o atraso na construção da arena é um reflexo do despreparo do país para sediar a Copa do Mundo. “As obras estão muito atrasadas, terão que atropelar. Não sei se terão condições de entregar a tempo. O que o Brasil tem que reconhecer é que foi irresponsável ao assumir essa realização da Copa do Mundo aqui quando o País está vivendo incríveis problemas, inclusive de natureza social”, criticou.