Homem é condenado por cárcere e tortura da própria família; filho de um ano morreu

A justiça condenou nesta semana um homem a 48 anos de prisão por crimes chocantes e brutais contra a esposa e três enteados. Ele torturava os quatro, além de manter a família em cárcere privado. O caso aconteceu em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, a 130 quilômetros de Ponta Grossa. Como consequência das atrocidades, uma das crianças, de apenas um ano de idade, morreu.

O episódio tem como registro os meses de abril e maio do ano passado. O homem de 31 anos, de acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná, teria cometido os crimes diretamente contra os quatro integrantes da família, com quem conviveu por dois meses. Além do bebê de um ano e da companheira, a selvageria teve como alvos os enteados de cinco e sete anos de idade.

Conforme apurou a Promotoria de Justiça de Telêmaco Borba, a mãe das crianças era mantida trancada na residência, sofria ameaças constantes e era proibida de manter contato com os filhos. Os dois mais velhos eram obrigados pelo padrasto a tomar banho em água gelada e sofriam agressões.

O caso mais grave aconteceu com o enteado de apenas um ano de idade, o pequeno Lorenzo: o acusado deixava a criança trancada sozinha em um quarto, sem roupas e sem os cuidados necessários, o que resultou em um quadro de hipotermia.

Além disso, o homem a banhava com água muito quente, o que provocou queimaduras em 85% do corpo do bebê. Depois que a condição se agravou, Lorenzo precisou de encaminhamento hospitalar. Ele foi atendido na UPA e transferido para o Hospital Evangélico de Curitiba, mas não resistiu e morreu no dia 28 de maio.

O pai do menino, que estava separado da ex-mulher há seis meses na época, acompanhou todo o drama na capital paranaense. Ele chegou a lutar pela guarda da criança, mas a decisão foi favorável à mãe.

Foragido

O denunciado permaneceu foragido até o dia 8 de junho do ano passado, quando se apresentou à Polícia Civil. Em depoimentos, ele negava os crimes. O homem acumulava 12 passagens pela polícia até então. Nove delas por violência doméstica.

Recurso

O condenado pode recorrer da sentença de 48 anos. Porém, o réu já estava preso e o processo do recurso não pode acontecer em liberdade. Todo o trâmite está sob sigilo jurídico por conta da gravidade do episódio e por envolver menores de idade. Fonte: 

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