Toda vacina tem um tempo necessário para criação de anticorpos. O sistema imunológico do corpo humano precisa detectar o agente invasor e depois agir para produzir suas defesas, o que em geral leva algumas semanas. No caso da Coronavac (provavelmente a vacina aplicada no bispo), esse tempo começa a contar apenas depois da segunda dose.
Segundo o boletim médico divulgado pela Arquidiocese de Curitiba, dom Peruzzo, de 61 anos, confirmou o diagnóstico da doença e está internado, no entanto passa bem. O boletim, assinado pelo diretor médico do hospital Nossa Senhora das Graças, Luiz Sallim Emed, e pelo infectologista Eduardo Ditzel, diz que o objetivo da internação é o acompanhamento do quadro clínico.
Embora ainda esteja longe da idade dos pacientes que estão em geral sendo vacinados na cidade, a prefeitura de Curitiba diz que dom Peruzzo foi vacinado por morar em um local classificado como lar de longa permanência. O arcebispo mora no Palácio Arquiepiscopal, onde alguns padres com problemas clínicos são tratados. A prefeitura informa que nove pessoas foram vacinadas no local.
A imunização de pessoas em estabelecimentos de longa permanência (como asilos) é recomendada pelas autoridades sanitárias – a preferência deveria ser dada para os idosos que moram nesses lugares e para seus cuidadores.
Além do Palácio Arquiepiscopal, pelo menos outra instituição ligada à Igreja Católica em Curitiba que abriga um bispo recebeu vacinas. O Seminário Menor São José, onde mora o arcebispo emérito dom Pedro Fedalto, de 94 anos, recebeu vacinas para 11 idosos e para cuidadores.
A vacinação em Curitiba foi suspensa nesta semana quando apenas pacientes acima de 85 anos estavam recebendo as doses. Agora, só a chegada de nova carga de imunizantes permitirá que os idosos continuem a ser vacinados. Fonte: Jornal Plural