Durante o encontro, os deputados membros da Frente aprovaram o envio de um requerimento para Mesa Executiva da Assembleia solicitando a destinação de R$ 2 milhões de recursos do próprio orçamento da Casa para ajudar a financiar o desenvolvimento da vacina paranaense. A importância do apoio para o estudo foi destacada pelo coordenador da Frente Parlamentar, deputado Michele Caputo (PSDB). “A Universidade Federal do Paraná nunca nos falta no trabalho em busca da ciência e da pesquisa”, afirmou Caputo.
Os detalhes da vacina foram apresentados pelo reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, e por três professores/pesquisadores que encabeçam a pesquisa. Segundo o reitor, a vacina usa insumos nacionais, o que diminui o custo de produção do imunizante. De acordo com a UFPR, a vacina se mostrou eficaz sem o acréscimo de adjuvante, substância utilizada para facilitar a resposta imune normal. As partículas do polímero bacteriano polihidroxibutirato (PHB), utilizadas pelos pesquisadores para inserir partes da proteína viral do Sars-CoV-2 no organismo, já apresentam a atividade de adjuvante, mostrando a resposta imune em camundongos. “Temos hoje no Brasil entre oito e 10 vacinas em desenvolvimento. A nossa vacina está entre as cinco mais avançadas. Nossa previsão é de que em seis meses podemos chegar na fase de testes clínicos”, informou o reitor da universidade.
Esforços – Além deles, a reunião contou com a participação do secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, que explicou o trabalho do governo estadual para garantir a imunização da população. Guto Silva informou que o governo já iniciou as tratativas junto ao Ministério da Saúde para a instalação de uma fábrica de vacinas no Paraná. De acordo com o chefe da Casa Civil, os investimentos podem chegar a R$ 1 bilhão. “Com esta fábrica, poderíamos contribuir para termos em breve uma vacina totalmente paranaense, criando um terceiro eixo de tecnologia, além de Rio Janeiro e São Paulo”, disse Guto Silva. (Alep)